Como se Preparar para Concursos Públicos

Planejando os seus estudos.

Você sabe como fazer um planejamento adequado de estudos para prestar as provas e ser aprovado em concursos públicos?
Se, já conta com um planejamento estruturado e em execução, será que ele é eficiente e cumpre o papel que deve suprir para viabilizar a sua aprovação nesse e em outros concursos públicos futuros? 
Saiba que a conquista da sua aprovação consiste na estruturação adequada do planejamento de seus estudos, o que vai muito além de montar uma grade de horários que também é muito importante, desde que seja seguido à risca.
Muita gente, começa a se interessar pelos concursos públicos quando eles surgem no cenário recente, e isso é um grande erro, pois a aprovação quase sempre não vem na primeira tentativa e sim ela é conquistada e construída aos poucos e somente após várias tentativas é que normalmente se obtém exito, mas mesmo sabendo disso, as pessoas não tem a menor ideia de como começar a sua preparação. Para quem pretende iniciar um projeto consistente e organizado, o melhor é escolher uma área de concursos para iniciar uma preparação com antecedência quanto maior melhor, sem estar vinculada à expectativa da publicação do edital de um determinado concurso.
O estudo deve começar pelas disciplinas básicas, como Língua Portuguesa e Matemática, que são aquelas matérias que são cobradas em todos os concursos de diversas áreas. Sabemos que o conhecimento relacionado às disciplinas básicas muitas vezes é muito importante também para a compreensão de outras disciplinas de uma prova desse mesmo concurso.
Mas, quando a gente começa, não sabe bem como as coisas funcionam, e a maioria dos candidatos entra nesse processo já focando num concurso específico e que esteja para sair ou até já esteja com o edital publicado. É mais fácil perseguir um objetivo mais concreto e imediato, sendo que isso não deixa de ser válido, desde que sejam adotados alguns cuidados e sua preparação seja mais intensa ainda.

Apoio na preparação    

Sempre que possível, é interessante utilizar a ajuda de um curso preparatório ou de um profissional qualificado. Isso porque muitas vezes o candidato precisará estudar disciplinas que nunca viu antes e a orientação do professor ou profissional habilitado facilita a compreensão daqueles conteúdos digamos mais complexos ou com os quais temos mais dificuldades. Outro aspecto é que os conteúdos são muito extensos e é importante saber quais pontos costumam ser mais cobrados nas provas. O que se observa é que o investimento no curso normalmente acelera o processo e permite que a aprovação seja conquistada em menor tempo ou reduz o número de tentativas frustadas.



Quando se decide estudar sozinho, temos que ter ainda mais disciplina e fazer um planejamento acirrado e cumprido integralmente se quisermos ter êxito nesta tarefa. 
Há opções de cursos presenciais apresentados no formato tradicional, com sala de aula, professor e aluno; e há também os cursos online, via internet, em que as aulas podem ser assistidas em qualquer horário e durante determinado período de tempo, podendo ser assistidas mais de uma vez e de acordo com nosso tempo disponível.
Para escolher os melhores cursos, o ideal é visitar cada um,  no caso dos presenciais e ver com qual instituição o candidato mais se identifica. Conversar com quem já está estudando há algum tempo também pode ajudar. Os fóruns de discussão sobre concursos na internet são outros recursos úteis na tomada de decisão de cada candidato.

Organizar a rotina e Administrar o seu tempo  

Na preparação para um concurso que está em curso ou numa preparação antecipada, o estudo será mais produtivo, se o candidato assumir o controle da sua vida e do seu tempo. Estudar nas horas de folga é pouco eficiente, porque nos da a sensação de culpa depois da reprovação ou mesmo durante a sua preparação, porque julgamos inadequado essa forma de preparação e quando se está fazendo outra coisa que não estudar, ficamos muito tensos e podemos também não descansar adequadamente, vindo a prejudicar nossa pretensão.  É muito importante também reservar na agenda, horário para seu lazer e descanso, pois quando descansamos e temos um pouco de lazer, ficamos com maior tranquilidade, com a sensação do dever cumprido e o nosso rendimento tende a ser melhor. O planejamento elimina esses problemas e torna mais adequado nossos atos neste sentido, pois teremos horários adequados a todas as nossas ações.
Propomos, então, que o candidato pegue uma folha de papel ou procure uma planilha ou plano de computador (pode ser o programa excel) e ali prepare seu plano para cada dia, cada mês até o final das provas. Veja abaixo um exemplo de um plano que poderá ser seguido se for de seu interesse: Coloque os conteúdos e também seus intervalos para refeições e recreações como academia, ginástica, lazer, etc. Se você se programar garantimos que o tempo será suficiente para todas as rotinas do dia a dia. 


Agora que você já se planejou e já montou seu plano de aprovação naquele concurso, veja como estudar de maneira mais eficiente. Para isso, leia mais algumas dicas: 
Decorar, aprender e memorizar.
Fora da escola também se aprende?
Isso é uma grande verdade, basta que a pessoa tenha interesse, pesquise, leia e não desista de seus propósitos, ela poderá acumular muito conhecimento.  Nos dias atuais a tendência é de que o professor deve ser apenas um mediador, ajudando seus alunos na busca do conhecimento.  Quando nos esforçamos e buscamos o conhecimento, ele com certeza nunca mais será esquecido.

Decorar para que, se devemos aprender o conteúdo, será mito ou verdade? Já ouvimos e lemos muito sobre isso: na escola, no trabalho, na vida... 
É muito comum ouvirmos a seguinte colocação: “não basta decorar, é preciso aprender”. Nesta visão intuitiva, também é comum associar o conceito de decorar, ou decoreba, ao de memorizar. Assim, é preciso ter cuidado com a confusão envolvendo estes termos.

Precisamos ter em mente que, nas provas encontraremos questões que envolvem apenas dados decorativos como: datas, nomes, cidades, tabuadas, etc., e outras que tratam do uso de operações racionais, como cálculos usando fórmulas, taxas, números, etc.  
Primeiramente, decorar significa “aprender de cor, reter na memória” e isso com o decorrer do tempo poderemos esquecer facilmente.
Na verdade, o conceito de decorar não se trata de uma definição propriamente científica. Não existe uma função cognitiva chamada “função decoreba”.






Já na aprendizagem, sabemos que ela envolve o processamento, aplicação e elaboração de uma informação ou estímulo capturado. Assim, podemos afirmar que aquilo que transformamos em memória, se torna aprendizagem, a partir do momento em que temos capacidade de elaborar e aplicar. E a aprendizagem, por sua vez, está mais próxima do conceito de inteligência.
Será que existe diferença entre memorizar e aprender?
Partindo da diferença entre memória e aprendizagem, o ponto importante a ser compreendido, principalmente pensando em termos de estratégias de estudos, é que em algumas situações apenas a formação de memória quanto a determinado conceito pode ser suficientePara outras é necessária a capacidade de aplicar o conceito, entrando, tecnicamente, no campo da aprendizagem.
Explicando...
Uma primeira ideia importante que precisamos entender, principalmente pensando na realização de provas, consiste na diferença entre conceitos lógicos e arbitrários. Resumidamente, os conceitos lógicos são os que fazem sentido lógico, estabelecidos a partir de um conjunto de premissas que implicam no desenvolvimento de uma seqüência de raciocínios. Um exemplo do Direito Constitucional seria o conceito de cláusula pétrea, o qual vem do conceito de poder constituinte derivado e limitações materiais à sua manifestação, o que também se relaciona ao conceito de espécies de constituições.
Já um conceito arbitrário consiste naquele quanto ao qual não há sentido lógico. Por exemplo, os prazos processuais ou quóruns do processo legislativo. O mesmo se diga quanto aos direitos trabalhistas vinculados a percentuais (horas extras, adicional noturno, adicional de transferência e adicional de periculosidade e insalubridade).
Assim, se pensarmos em informações arbitrárias em provas objetivas, muitas vezes a pura memorização, o que se enquadra no conceito de decoreba, resolve. Daí porque se fala em estudar para provas objetivas de matérias jurídicas apenas a “lei seca”. No fundo, o que estaria sendo sustentado seria o contato com informações arbitrárias.
Cabe destacar, porém, que esta compreensão muda se, mesmo diante de provas objetivas, temos questões do tipo operatórias. Daí é preciso entendermos que existem dois tipos de questões, ou seja, as conteudistas, que apenas cobram conceitos, e as operatórias, que apresentam problemas a exigir solução. 
Assim, não estamos propondo a exaltação do decoreba. Mas também, não estamos sustentando que o decoreba seja extinto. Defendemos o estudo com estratégia e eficiência.
Importância da Realização de Simulados e Exercícios  em sua Preparação para as Provas:
A realização de exercícios pode proporcionar uma grande contribuição aos estudos. Esta compreensão é consenso entre os concurseiros e também é sustentada por vários fundamentos psicopedagógicos. A presente técnica de estudo pode ter várias finalidades e ser realizada a partir de várias estratégias. Dentre estas, realizar exercícios de forma direcionada (e não aleatória) têm grande importância e pode proporcionar uma significativa contribuição aos estudos.
A técnica da realização de exercícios é fundamental. E isto poucas pessoas refutam. As principais finalidades dos exercícios são duas: 
A) proporcionar a reiteração do contato intelectual com o conteúdo estudado;
B) identificar a falta de domínio de determinados conteúdos, que podem ter sido estudados ou não.
Por outro lado, pensando em termos de estratégia, os exercícios podem ser feitos de forma aleatória ou direcionada. Fazer exercícios de forma aleatória é o que acontece quando pegamos uma prova qualquer e começamos a resolver. Fazer exercícios de forma direcionada é quando elegemos um determinado assunto, como por exemplo o assunto que estudamos recentemente, e passamos à resolução de uma bateria de questões.
Pensando nas finalidades e estratégias, a identificação dos assuntos que não dominamos, a partir dos exercícios é muito importante para termos consciência das nossas fraquezas e deficiências. E esta finalidade dos exercícios pode ser viabilizada a partir da estratégia de realização de provas, ou seja, na prática fazer exercícios de maneira aleatória. E isto também se relaciona com o que chamamos de diagnóstico da reprovação, isto é, a análise de quais questões que erramos na prova e a apuração dos erros decorrentes da falta de domínio de determinados assuntos, bem como a identificação da causa desta falta de domínio, isto é, se decorre da falta de estudo ou da falta de revisão ou recordação.
Alem do mais, ao fazer exercícios de forma direcionada, também é possível identificar temas que, mesmo tendo sido estudados, ainda não estão dominados.
Procure submeter-se às últimas provas do concurso pretendido e ver como estão suas notas no certame, certamente isso o ajudará a corrigir eventuais falhas que tenha em sua preparação.
Estudar todas as matérias ao mesmo tempo ou não?
Será que devemos estudar tudo ao mesmo tempo, sem vermos ou sabermos o que será cobrado nas provas será útil em nossa aprendizagem?  Claro que não, precisamos como já dissemos anteriormente nos programar e estudar o que o edital pede, bem como ler as bibliografias quando forem divulgadas.   Mas, estudar todas as matérias exigidas e ao mesmo tempo, com os devidos critérios, acreditamos ser de muita utilidade.
O importante é que ao estudar todas as matérias ao mesmo tempo podemos avançar de forma equilibrada, inclusive de modo a fechar todo o conteúdo do  programa  ao mesmo tempo
Inclusive este modelo também contribui com o desenvolvimento de uma visão sistêmica do conteúdo do edital, o que é importante nas provas.
É bem verdade que podemos adotar uma solução híbrida. Ou seja, eleger um primeiro bloco de matérias que, após concluídas, terão seus lugares na grade, tomados pelas que virão na seqüência. Neste caso é interessante adotar uma lógica de prejudicialidade e de relação conceitual. Por exemplo, antes de estudar Direito Administrativo estudar Direito Constitucional.   Mesmo entre conteúdos de uma disciplina, poderá existir critérios de dependência de umas em relação às outras.  Por exemplo, na Matemática, devemos saber sequências numéricas anteriormente para em seguida aprendermos progressões, etc.
Considerando estas informações, avalie o que é mais eficiente para você. E procure tomar o caminho que traga melhores resultados.
Se você acha que o tempo não será suficiente para ver todo o programa, adotar uma apostila ou algo que seja mais resumido também pode ser uma boa alternativa.

Veja em nosso blog, dicas de algumas questões com as respostas que são recorrentes em concursos públicos em nível médio, clicando aqui. 

     Baseado no texto: Decorar, Memorizar e Aprender: Qual a Diferença???
 autor: Prof.Rogério Neiva,  site:http://www.concursospublicos.pro.br/





Comentários

  1. Parabéns, matéria de muita utilidade, vamos divulgar!

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    1. Obrigado caro leitor(a), agradeço a sua atenção e apoio.

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  2. Também gostei muito, recomento este blog aos meus amigos.

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