A Matemática do Consumidor
Nos dias atuais, em que nos deparamos com uma realidade de total incentivo e apoio irrestrito ao consumismo. As lojas, as indústrias, supermercados e outros estabelecimentos financeiros e comerciais estão promovendo uma verdadeira guerra psicológica para, vender cada vez mais, e a todo custo. Para isso, elas gastam fortunas em publicidades, mudam constantemente o modelo de seus produtos, tudo para conseguir novos clientes que consumam seus produtos, etc. A mídia também incentiva estas atitudes, pois ela também ganha muito com propagandas e campanhas publicitárias. As instituições financeiras sempre vêm induzindo os seus clientes, para contratar diversos produtos como: seguros, empréstimos, cartões de crédito, e aplicações de todos os tipos. As concessionárias de automóveis, cada vez mais, vêm fazendo promoções e ofertas, visando desovar seus veículos e outros produtos, e nos propondo, entre aspas, a famosa taxa zero, para adquirirmos seus veículos.
O que nós orientamos a você consumidor é que desconfie sempre de tudo aquilo que você acha muito vantajoso, porque na verdade pode ser uma pegadinha para que compremos seus produtos a todo custo. É como já diz o velho ditado que ninguém faz milagres e quando o milagre é grande demais, o santo deve sempre desconfiar.
Devemos sempre usar da Matemática para aferir se realmente aquilo que estão lhe oferecendo é realmente vantajoso para o seu caso e possa lhe trazer algum beneficio.
Em primeira mão, é preciso saber se você realmente necessita daquele bem ou produto que lhe é oferecido, ou se você está comprando por impulso, ou ainda porque simplesmente julga ser vantajoso para sua vida, mas não se esqueça de que quase todos os produtos têm um prazo de validade e caso o mesmo não seja usado, naquele espaço de tempo, perderá o seu valor e a sua eficácia, sendo que então o que você achou que seria um bom negócio se transforma em pura dor de cabeça e prejuízo certo. As lojas, quando estão com certos produtos encalhados ou perto de perder a sua validade, elas tentam de todas as formas se desfazer deles, fazendo promoções do tipo: pague 2, leve 3, e qualquer consumidor menos atento, compra e depois não fará uso daquilo no prazo adequado e com certeza ficará com o ônus ou prejuízo pela compra equivocada.
Como a Matemática pode Ajudar os Consumidores
Vamos mostrar agora alguns exemplos do uso da matemática nos cálculos e que você deverá prestar muita atenção, para não contratar indevidamente produtos e serviços inadequados. Devemos sempre analisar bem todas ofertas antes de consumar a sua compra, observando, se a mesma será um bom negócio para nós. Veja, como alguns produtos se constituem em verdadeiros truques, para que efetuemos indevidamente a sua compra:
1. Se uma empresa lhe oferece um empréstimo com taxa zero ou mesmo com taxa reduzida, fique atento se eles não estão lhe cobrando uma comissão de abertura para o empréstimo ou obrigando você a levar outros produtos casados no pacote, como seguros, compra de equipamentos que você não quer adquirir no momento, etc. Sabemos que, embora isso seja proibido pelas nossas leis, na prática isso quase sempre ocorre no mercado, pois a fiscalização é muito precária nessas ocorrências. Você deve sempre verificar o valor da prestação e o prazo de pagamento e ler sempre atentamente o contrato para certificar-se de seus direitos e também conferir o valor das parcelas mensais contratadas. Exemplo: Num empréstimo de valor líquido de 10.000,00, firmado com taxa zero de juros, porém com uma taxa de abertura de crédito ou cadastro de 1.000,00, que será pago em 24 parcelas de R$ 458,33. Note que embora a taxa seja zero, você está pagando 1.000,00 de taxa de abertura/cadastro que corresponde a uma taxa de juros compostas mensais embutida de 0,84% (cálculo efetuado na calculadora HP-12C). Isso ocorre muito frequentemente porque quase todas as pessoas não conferem as suas prestações e confiam demasiadamente na empresa contratante.
2. Suponhamos que você comprou um fardo de refrigerantes composto de 12 garrafas por um preço 10% menor, mas com um prazo de validade apertado (vencimento em poucos dias), e você só consegue consumir a metade do líquido, veja que esse desconto poderá sair muito caro. Exemplo: Se o preço normal for de 4,00 por garrafa e você comprou por 3,60, então: 4,00.12 = 48,00 e 3,6.12 = 43,20, logo teve um desconto de 4,80, mas como você perdeu a metade dos refrigerantes, então: 6.3,60 = 21,60, então seu prejuízo foi de 21,60 – 4,80 = 16,80 que dividido por 4,00 dará em torno de 4 garrafas.
3. Existem produtos que embora não tenham um prazo de validade, eles quase sempre saem de moda, ou seja deixam de ser atraentes aos consumidores. Eles comumente são: roupas, calçados, e que uma vez adquiridos, se não usados em um intervalo de tempo, eles se tornam obsoletos e transformam-se em verdadeiros micos em nossas mãos. Por isso, é preciso cuidados nas compras, sempre comprando o que é necessário, sem excessos. Aquele famoso lema: estou comprando porque um dia posso precisar não faz bem ao nosso bolso e também às nossas finanças. Aquelas liquidações em finais de estações, sempre vêm com os famosos descontos para alavancar as vendas e desovar os estoques obsoletos das lojas, mas cuidado, você corre o risco de comprar algo que não vai usar e ainda vai esperar muito tempo para fazer uso desses produtos sazonais, sendo que lá na frente virão novos produtos mais atrativos. Exemplo: Se você comprou uma blusa de inverno no final da estação, e você arcou com a quantia paga por ela, não irá receber nada de juros e só vai poder usá-la daqui a um ano, seria melhor colocar o valor em uma aplicação segura num banco e ainda receber algum juro no período.
4. Um veículo que você comprou naquele final de ano (em dezembro) e você só usou poucos dias do ano. Quando o ano virar, você já estará com ele na versão desatualizada e com certeza terá perdido dinheiro com isso. Mesmo que o ano-modelo seja posterior, no registro do veículo sempre constará como adquirido em ano anterior.
Conclusão
Não somos de forma nenhuma contra o consumo normal dos produtos que o nosso trabalho laboral possa comprar, pois temos nossas necessidades de acordo com o padrão de vida que levamos, mas quando essas compras são efetuadas em excesso ou de forma contumaz, ela poderá nos trazer muitos problemas, como: financeiros, afetivos, psicológicos, e até poderá ser classificado como uma doença psicológica e que necessita de acompanhamento por profissionais da área médica e mesmo psicológica.
Sugerimos que você faça uma planilha com suas receitas e também com as suas despesas e possa controlar toda a sua vida financeira diariamente. Aqui mesmo em nosso blog ou na rede, você localiza planilhas que poderão lhe ajudar nesta tarefa, gastando somente aquele valor que não vá te causar aborrecimentos futuros, e só consumindo aquilo que poderá agregar felicidades para você e sua família. Comprar demasiadamente, para depois ficar arrependido ou se sentir culpado não é uma boa estratégia. Nunca se esqueça que fazer uma poupança com o dinheiro que sobra no mês vai te proporcionar um conforto maior, trazendo segurança nos possíveis imprevistos que a vida nos impõe, ou poder realizar aquela tão sonhada viagem, talvez a compra de sua casa própria, do seu carro, etc. Pense nisso antes de consumir e garantimos que terás mais felicidades em sua vida.
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Obrigado pelas dicas, valeu!
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