O Analfabetismo Funcional no Brasil

Quais as Causas para o Analfabetismo Funcional no Brasil?
Segundo pesquisas educacionais, que foram divulgadas por sites especializados, aqui no Brasil, existe cerca de 14 milhões de analfabetos absolutos e mais de 35 milhões de analfabetos funcionais. Como podemos observar na figura ao lado, a maioria deles se encontra no Nordeste (30,9%), enquanto que a região menos atingida figura com 14,9% e se localiza no Sudeste. Cabe esclarecer que: incluem-se no analfabetismo absoluto aquelas pessoas que nunca tiveram acesso à Educação, ou que não frequentaram a escola por mais de um ano.
Já, o analfabetismo funcional é atribuído para aquelas pessoas que, embora tenham frequentado a escola, infelizmente elas não assimilaram conceitos mínimos neste aprendizado, devido às diversas causas, entre elas, a baixa qualidade do ensino e em decorrência disso, elas não compreendem textos simples ou decodificam minimamente as letras, geralmente frases, sentenças, textos curtos e os números. Estas pessoas não desenvolveram certas habilidades suficientes para interpretação de textos e não conseguem fazer operações simples e básicas de matemática.
Incluímos também como analfabeto funcional o indivíduo maior de quinze anos, que é possuidor de escolaridade inferior a quatro anos letivos, e isso se deu por diversas condições, entre elas, por questões financeiras, de saúde, ou por morar na zona rural sem atendimento escolar, etc. Entretanto, o analfabetismo funcional abrange muito mais que isso, incluem até pessoas alfabetizadas, porém que não conseguem desenvolver suas atividades de forma coerente por não dominarem certos conceitos educacionais. Eles podem ter até títulos como mestres e até doutorados, muitos usam corretamente o vernáculo, mas não sabem trabalhar e tratar as informações e os dados de maneira lógica e expressar suas ideias e proposições de forma inteligível, com coerência, assim como expressar uma redação, tendo começo, meio e fim. 
Em decorrência destas dificuldades, nossas empresas e muitas corporações são obrigadas a investir somas elevadas em cursos e treinamentos para adequar seus empregados ao perfil desejado para fazer frente a concorrência grande que existe no mundo corporativo globalizado. As maiores deficiências são encontradas em carreiras dos ramos de tecnologia, engenharia e medicina. Veja que o Brasil já vem importando muitos médicos, na sua maioria vindo de Cuba, através do programa "Mais Médicos" do Ministério da Saúde em conjunto com o da Educação. 

A Baixa Qualidade na Educação Provoca o Analfabetismo Funcional?






Sabemos que hoje nossa educação, tem uma baixa qualidade fazendo aflorar muitos analfabetos funcionais nos mais diversos níveis de escolaridade.  Embora o número de analfabetos venha diminuindo no Brasil nos últimos quinze anos, contudo ele ainda é um fantasma que atinge até mesmo estudantes portadores do ensino superior, desfazendo o mito de que ele estaria intrinsecamente relacionado à baixa escolaridade. Algumas pesquisas apontam que o Indicador de Analfabetismo Funcional (INAF) entre estudantes universitários do Brasil atinge uma porcentagem de 38%, tendo em vista a baixa qualidade de algumas universidades em nosso país, durante a última década.
Segundo estudos, uma das causas mais comuns e que levam muitas pessoas ao analfabetismo funcional e que abrange o Brasil, e também muitos outros países, são causados principalmente por um transtorno muito comum chamado por Dislexia.  Então, vamos saber um pouco mais sobre ela.
Estudos afirmam que a Dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem, de origem neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo escrito ou o símbolo gráfico. Ela compromete a capacidade de aprender, a ler e escrever com correção e fluência e de compreender corretamente um texto. Em diferentes graus, os portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a memória fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.
Estatísticas a respeito do assunto, registram que 20% da população sofrem com a disléxica, com uma observação adicional que não estão inclusos muitos disléxicos que não diagnosticados em nosso país. Ressaltamos que, de cada 10 alunos que frequentam uma sala de aula, dois deles são disléxicos, ou que estejam acometidos com algum grau significativo de dificuldades no aprendizado.
Os sintomas da dislexia são dificuldades para decodificar as letras do alfabeto e tudo o que é relacionado à leitura.  Mas, também abrange muitas dificuldades para a compreensão de textos, reconhecer rimas e símbolos, decorar tabuada, inversão, acréscimo ou omissão de letras, saltar ou retroceder linhas no momento da leitura.

CONCLUSÃO:
Infelizmente vemos que hoje no Brasil, muitos jovens e adultos que saem com formação no Ensino Médio e até com o nível Superior completo, não são aproveitados pelo mercado de trabalho, em decorrência deles não estarem devidamente preparados para assumirem um cargo ou responsabilidade numa empresa mais exigente em termos escolares, em consequência de que algumas de  nossas escolas vêm entregando aos alunos uma péssima qualidade de ensino. As corporações e empresas, muitas vezes, vão buscar mão de obra qualificada no exterior ou são obrigadas a investirem recursos e tempo para a formação de certos profissionais por este motivo. Não obstante, vemos muitos profissionais, cometendo erros grotescos em áreas como Medicina, Engenharia, Arquitetura, etc. Em consequência, observamos rotineiramente, prédios que desabam, erros médicos, pontes que desabam, lagoa de rejeitos de mineração que se rompem, imóveis com erros estruturais graves, entre outros. Se quiser saber mais sobre os erros matemáticos cometidos ao longo da história pelo mundo, sugerimos acessar nossa matéria chamada: Os Maiores Erros Matemáticos do Mundo!
De acordo com estudos de muitos pesquisadores e especialistas no assunto, para mudarmos este cenário serão necessários adotarmos um amplo conjunto de medidas, como a erradicação do analfabetismo no Brasil e investimentos direcionados na valorização da escola pública, concedendo maiores salários aos professores, assim como motivar alunos e professores para exercerem suas funções com maior gosto, empenho e qualidade. Também reforçar uma maior abrangência de programas sociais que envolvam distribuição de renda para as famílias carentes, com filhos em escolas públicas e incentivo aos estudos são algumas das medidas que também são necessárias e que podem ajudar numa mudança radical desta situação.

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