Matemática Comercial e Financeira!

Como Otimizar suas Relações Comerciais Usando a Matemática Comercial e Financeira?
Numa época conturbada da economia brasileira, quando vemos muitas empresas renomadas fechando suas portas, e o desemprego rondando nossos lares, temos absoluta certeza de que conhecer a Matemática Financeira e seus fundamentos é de fundamental importância para todos. A Matemática Comercial e Financeira é um ramo importante da Matemática que tem por finalidade e objetivo principais analisar o comportamento do dinheiro ao longo do tempo, e que é essencial para aplicações junto das empresas comerciais, visando gerar maiores lucros financeiros e comerciais, minimizando ainda os custos e as despesas.

Pretendemos com este estudo, analisar a maneira como o dinheiro, as receitas e os gastos comerciais estão sendo gerenciados pelas empresas e pessoas, utilizando os meios ou maneiras adequadas de controle, visando maximizar o resultado comercial de qualquer empresa. Parece que isso é muito fácil de se conseguir, mas na verdade, isso só é possível com muito trabalho, esforço e envolvimento de todos, inclusive dos colaboradores, sócios e gestores que sempre esperam que o resultado da empresa seja maximizado de forma positiva. Estejam certos de que reduzir as despesas e cortar gastos, assim como alavancar as vendas aumentando as receitas é a "receita do bolo", mas como fazer isso na prática?

Quando focamos um estabelecimento comercial e verificamos muita movimentação de clientes, normalmente pensamos que o lucro também seja muito grande. Mas, muitas vezes um grande fluxo de clientes, pode não ser sinônimo de bons resultados operacionais. Na prática isso ocorre por diversas razões, entre elas estão: despesas elevadas na empresa, preços dos produtos inadequados, alta inadimplência, alto custo do dinheiro ou do capital de giro, etc. Por exemplo, de nada adianta vender muito, se os produtos ou serviços comercializados não apresentam uma boa margem de lucro ou que não cubra as despesas operacionais e demais gastos. São muitos fatores que todo empresário deve levar em conta, para não "quebrar" ou ter que arcar com prejuízos recorrentes. 

Com as ferramentas adequadas da Matemática e que são aplicadas pelos contabilistas responsáveis pela empresa, temos recursos eficazes para otimizar e alavancar os lucros, ou seja para aplicarmos aquela fórmula que gere maiores receitas e excepcionalmente tragam menores prejuízos, fazendo uma melhor gestão empresarial.

Num exemplo hipotético de uma empresa X que tenha as seguintes despesas: Mão de obra = 4.000,00, Aluguel = 1.500,00, Demais despesas(Água, Luz, telefone, etc)= 1.500,00. Se esta empresa vende em média 100 produtos por mês e seu custo total é de 100,00 por produto. Por qual valor ela terá que vender cada item ou produto para ter um lucro de 20%?
Note que as despesa somam 7.000,00 e que o custo das vendas representam 100 x 100,00 = 10.000,00. Logo para empatar no resultado, os produtos deveriam ser no valor 17.000,00. Mas como pretende-se obter 20% devemos então, multiplicar 17.000,00 por 120% que é igual a R$ 20.400,00.
Então, para saber o valor de cada produto, basta dividir 20.400,00 por 100, o que nos da o valor R$ 204,00.  

Hoje, com a atual economia globalizada, nunca devemos colocar em prática qualquer projeto, seja de que área for, sem que o aspecto financeiro e comercial não seja analisado e visto como um dos mais relevantes em sua execução. Por exemplo, devemos estudar sempre o produto, estudando se tem mercado, quem serão os clientes, a postura da concorrência, as despesas com aluguel, com os empregados, o custo do capital de giro, etc. No exemplo citado acima, caso o preço de venda da concorrência seja inferior a R$ 204,00, o lucro seria menor e caso o preço praticado seja inferior a R$ 170,00, as vendas não cobririam os custos operacionais, o que provocaria prejuízo para a empresa citada e que certamente levaria esta corporação a falência. 

Uma empresa pode e dever ser comparada com o que ocorre na administração de nossa casa, em que sempre devemos gastar menos do que ganhamos, senão ficaremos endividados. Lá na empresa, deve ocorrer o mesmo procedimento, analisando as receitas que vêm das vendas de produtos e serviços e as despesas geradas com diversos itens, como matéria prima, mão de obra, propaganda, encargos financeiros, etc. Então, por exemplo numa loja comercial de revenda de qualquer tipo de produtos, faz-se necessário comprar "barato" para ter uma boa margem na revenda e assim, ganhar da concorrência apresentando preços competitivos e dessa forma cativar os clientes. Para isso, devemos conhecer muitos conteúdos importantes da Matemática como: Estatística, Matemática pura e fundamentalmente da Matemática financeira.

Para exemplificarmos melhor isso, imagine a decisão entre comprar aquela máquina para agilizar os serviços na empresa, ou mesmo para utilização doméstica. Será que devemos comprar em 10 parcelas “sem juros” ou pouparmos o dinheiro para comprarmos o mesmo produto à vista. 
Quais são os custos que estão envolvidos nessa decisão? Como avaliar monetariamente essa decisão?





Fica evidente que, quando a venda for a prazo, existe o custo do dinheiro e normalmente o fornecedor vai nos cobrar uma taxa de juros mensais. Se quiser saber mais sobre o custo do dinheiro no tempo, recomendamos acessar nossos artigos já publicados neste site, acessando nosso marcador: Matemática Financeira! e lá vai encontrar todos detalhes envolvendo taxas, juros simples, juros compostos, capital, montante, e outros assuntos pertinentes.

Depois de analisarmos as condições para a compra, devemos levar em conta também os benefícios que vamos obter nesta compra. Vamos economizar com mão de obra, vai gerar algum lucro para a empresa e colaboradores, que no futuro poderia gerar redução de despesas, aumento da receita, ganhos de produtividade, etc. Se a compra não for programada para pagamento a vista, certamente ela vai ter custos financeiros adicionais. 

Quantas vezes já não nos vimos diante deste e de outros problemas de gestão, que podem parecer simples, mas, se você não possuir alguns conhecimentos básicos em Matemática, podem parecer insolúveis?

Nesse caso, a Matemática Financeira se ocupa em estudar e fornecer as tais ferramentas adequadas para uma tomada de decisão consciente, com a maior segurança e precisão possível. Se na nossa vida pessoal já temos que tomar decisões que nos afetarão por um longo tempo, imagine na vida comercial de uma empresa, cujo faturamento na maioria das vezes é bastante superior a renda de uma família. Note que as decisões são, basicamente, as mesmas. O que muda são os efeitos e o grau de precisão com que os cálculos deverão ser realizados.

Fica evidente que o estudo da matemática financeira se reveste de vital importância para qualquer empresário ou pessoa que almeje entender o mundo atual, tal qual ele se apresenta. Mas, existe outros conhecimentos contábeis que devemos saber para gerir uma empresa com sucesso. Você conhece ou já ouviu falar em Fluxo de caixa, Fluxo de capital, formação de preços, etc. Se ainda não tem conhecimento e pretende abrir um negócio comercial, é bom se inteirar deles. Somente para aguçar a sua curiosidade, vamos abordar alguns destes conceitos logo abaixo:

Fluxo de Caixa é um instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado. Toda empresa deve ter uma disponibilidade em dinheiro ou em Bancos para cobrir eventuais despesas que vencem no curto prazo, como para pagar duplicatas, fornecedores, etc. Ao analisar o fluxo de caixa, se o saldo for negativo significa que a empresa tem gastos a mais, e neste caso, o administrador ou gestor terá que rever estas despesas para conseguir aumentar a entrada de dinheiro. Por outro lado, ocorrendo um saldo for positivo, indica que a empresa está conseguindo pagar as suas obrigações imediatas e term boa disponibilidade financeira.

Fluxo de Capital: Se no capital de sua empresa tiver recursos de terceiros, isso faz parte do Fluxo de Capital ou seja, trata dos direitos dos proprietários do Patrimônio Líquido, que são os sócios detentores de ações preferenciais, e dos financiadores. Muitas vezes a empresa deve pagar valores periódicos a título de pró-labore. Estes valores contratados são pré combinados e que podem ser mensais, anuais, etc.

Balanço Patrimonial: Define-se como balanço patrimonial o levantamento que se faz dos ativos e passivos da empresa. Como ativos, entendem-se bens e direitos que possam ser convertidos em valores monetários. Já os passivos são obrigações e dívidas. E, ambos  são fatores fundamentais para compreender o patrimônio da organização e, consequentemente, fazer um balanço fidedigno. O balanço patrimonial, necessariamente, deve representar o retrato da empresa em uma data específica. Por isso, diz-se que se trata de uma demonstração estática. Ou seja, apresenta a situação contábil, financeira e econômica da companhia em um momento exato. Com ele é possível sabermos se a empresa tem uma boa saúde financeira ou não, dependendo da análise do patrimônio líquido. Por isso é muito importante estudar também um pouco de Contabilidade, assim como analisar estes detalhes ora descritos.

Existem muitos outros documentos tratados pela Contabilidade de toda empresa que são importantes e muito deles são obrigatórios para apresentação aos órgãos fiscalizadores e que por isso necessitam serem elaborados por empresas e escritórios de contabilidade experientes.

Vejamos um exemplo de compra a prazo!
Supondo que um produto tenha preço a vista de R$ 1.000,00 e que sua venda a prazo se dê em 4 prestações de 300,00 cada, sendo que a primeira será no ato da compra. O que seria melhor comprar a vista ou a prazo se a taxa de juros simples no banco gira em torno de 1% mensais?
Nesse caso, estaremos financiando 700,00, pagando em 3 x 300,00 ou seja 900,00. Logo temos que pagar 200,00 de juros totais, ou 200/700 = 28,57% que dividindo-se por 3, teremos 9,52% mensais de juros.  Portanto, fica evidente que a compra a vista é a melhor alternativa neste caso. Somente deveríamos optar pela compra a prazo quando a taxa fosse inferior a 1% ao mês, ou seja quando a prestação fosse de abaixo de R$ 240,33.

CONCLUSÃO!
Nossa sugestão para você que pretende formalizar ou abrir uma empresa, seja individual, ou uma sociedade, e assim ser dono do seu próprio negócio, é efetuar uma pesquisa detalhada e minuciosa, realizando todos cálculos necessários, estudar seu produto, o mercado, os preço praticados pela concorrência, etc. Neste sentido, existe muitos órgãos de apoio, como o Sebrae, por exemplo, que pode ajudar com o planejamento, sugestões, cursos voltados para futuros empresários, etc. No entanto se você é um consumidor, saiba que muitas vezes compramos determinados produtos por impulso, não porque estamos precisando deles, mas somente por simples prazer, e não analisamos corretamente as condições e os juros embutidos nestas operações. Os vendedores e as empresas sabem disso e usam muitos artifícios para atrair os consumidores com ofertas que são verdadeiras pegadinhas do comércio, com o único objetivo de realizar a venda. 
Existem muitas empresas que obtêm lucros financeiros abusivos e que são rotuladas muitas vezes de agiotas e que vêm agindo livremente no comércio de nosso país. Conheço uma rede famosa de lojas que pratica o mesmo preço a prazo e à vista. E, isso é considerado pelos órgãos fiscalizadores de abusivo e ilegal, uma vez que na venda a prazo, sabiamente estão embutidos os juros sobre operações financeiras. Então, cabe a todos, se utilizarem da Matemática e fazer os cálculos necessários, para não serem enganados por estes maus comerciantes. 
Se quiser saber mais sobre isso, recomendamos acessar nosso artigo chamado: A Matemática do Consumidor! e lá vai encontrar preciosas dicas para nunca ser ludibriado em suas relações comerciais.

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Finalizando, agradecemos pela visita e apoio. Muito obrigado!
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