O Método Científico!

Introdução ao Método Científico
A mais importante e principal função do método científico é demonstrar e provar a existência de fenômenos que não podem ser observados diretamente pelo homem. Este método não é necessário para provarmos aqueles eventos, fatos ou coisas que podemos ver com nossos próprios olhos ou tocarmos com as nossas mãos e sim, aquelas que são vistas de forma indireta, como por exemplo, a descoberta de um novo vírus que poderia afetar nossa saúde. A observação direta é vista como desnecessária pela ciência; já a observação indireta é tratada cientificamente e interessa a todos, e quase sempre é pesquisada, contudo os fatos analisados devem ser devidamente aceitos e comprovados.

Outros exemplos mais conhecidos das descobertas científicas que não são observáveis ​​facilmente pelos olhos humanos são os átomos, elétrons, vírus, bactérias, germes, ondas de rádio, raios x, luz ultravioleta, energia, entropia, entalpia, fusão solar genes, enzimas de proteínas, o DNA de dupla hélice, entre outros.
Que a terra é redonda, todos nós já sabíamos há mais de 2000 anos, mas ela não tinha sido observada diretamente por seres humanos até o ano 1961. Este conceito não intuitivo foi considerado um fato científico, conhecido bem antes de ser constatado pelo homem graças a estudos científicos. A hipótese de Copérnico de que a Terra orbita o Sol foi reconhecido praticamente desde o tempo de Galileu, embora nunca ninguém tenha observado de modo real este fato até os dias atuais. Todos esses fenômenos "invisíveis" a olho nu foram elucidados utilizando métodos científicos devidamente aceitos pela ciência.

Por definição, dizemos que o Método Científico trata de um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizado pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira sistemática. Para chegarmos ao conhecimento científico devemos primeiramente conhecer as hipóteses previstas numa determinada teoria e comprová-las, ou seja, chegar numa tese de comprovação devidamente aceita desta teoria em questão, seguindo os passos relatados abaixo.


Como Funciona o Método Científico?
O funcionamento deste método basicamente segue um padrão científico para ser aceito como válido. De outra forma, podemos dizer que o método científico é um programa de pesquisa que visa descobrir, provar alguma teoria ou fato novo que é desconhecido ou que embora seja do nosso conhecimento de modo empírico, ainda carece de comprovação cientifica.  Muitos estudiosos no assunto dizem que ele compreende quatro etapas principais. Na prática estes passos não seguem uma ordem cronológica, como a que nos referimos abaixo:

1) Fazer observações e análises;
2) Formar uma hipótese testável, unificadora para explicar estas observações;
3) Deduzir previsões da hipótese;
4) Procurar confirmações das previsões; ou seja chegar numa tese, verificando a validade das previsões. Nota: Quando elas são contrariadas pela observação empírica, devemos retornar para o passo número 2.

Os pesquisadores e cientistas estão constantemente fazendo novas observações, análises e testes através dessas observações, muitas vezes seguindo os quatro "passos" que são realmente praticados simultaneamente. As novas observações, mesmo que não foram previstas, devem ser explicáveis ​​retrospectivamente pela hipótese. Quando surgirem novos detalhes de algum processo anteriormente que não fora devidamente entendido, pode-se impor novos limites à hipótese original. Por conseguinte, a nova informação, em combinação com uma hipótese antiga, muitas vezes leva a novas predições que podem ser testadas ainda mais para sua aceitabilidade.

Portanto vemos que este exame apurado pelo método científico, revela que a ciência envolve muito mais do que o empirismo ingênuo. A pesquisa que envolve apenas a simples observação, repetição e medida não é o suficiente para ser aceita como ciência. Os três passos iniciais  são apenas parte do processo de fazer análises e observações, mas apenas isso não é ciência. Claramente, o que distingue a ciência é a maneira pela qual as observações são interpretadas, testadas, comprovadas e usadas. Por exemplo, veja a polêmica que envolve a produção da pilula do câncer ou da substância chamada Fosfoetanolamina Sintética, que para ser produzida e comercializada no Brasil, precisa de uma comprovação complementar de sua eficácia, provando que não é tóxica e que não causa mal à saúde de quem a utilizar para ser aceita e autorizada pela Anvisa.

Concluímos então que o método científico engloba algumas etapas como: a observação, a formulação de uma hipótese, a experimentação, a interpretação dos resultados e, por fim, passando pelo crivo da ciência, chega-se a uma conclusão.

O que você entende por evidência científica e prova científica?
Na verdade, a ciência nunca pode estabelecer uma "verdade absoluta" ou "fato consumado" no sentido de que uma declaração científica quando for feita é formalmente aceita e indiscutível. Todas as declarações científicas e conceitos aceitos pela ciência estão abertos à reavaliação conforme novos dados são conhecidos, e aprimorados com o surgimento de novas tecnologias, cujos resultados podem ser ou não alterados.

Somente admite-se uma prova real e inquestionável quando tratamos de teorias comprovadas pela Lógica e Matemática.

Muitas vezes ouvimos falar em "prova" dentro de um contexto científico, e não há um sentido em que ela denota "fortemente suportado por meios científicos". Mesmo que se possa ouvir 'prova' usado como definitivo, é uma manipulação descuidada e imprecisa do termo. Por exemplo, se você vai ao médico e ele descobre uma doença incurável, ela está sendo retratada naquele momento, mas com o decorrer do tempo, podem ocorrer novas pesquisas e descobrir a cura, ou seja, é um fato que pode ser alterado com novas descobertas, usando o avanço da tecnologia, descobrimento de novos medicamentos, novos exames, etc.

O que não é considerado ciência?






Nem tudo que conhecemos é aceito pela ciência, embora possam apresentar resultados precisos e positivos, tais como o uso de curas por métodos alternativos e até religiosos, cura pelas rezas e por benzimentos, etc. Sabemos que os resultados podem promover ou não a "cura de muitas enfermidades" muitas vezes promovidas, mais pela força da mente e pela fé. Vale ressaltar que o senso comum mesmo que seja aceito não vale como ciência. Como vimos, embora a ciência formal nunca possa estabelecer a verdade absoluta, ela pode fornecer provas irrefutáveis ​​a favor de certas ideias. Normalmente, estas ideias são bastante questionadas, e muitas vezes entram em choque com o senso comum.

Por exemplo, o senso comum nos diz que a Terra é plana, que o Sol realmente nasce e se põe todo dia, que a superfície da Terra é estática e que não esteja girando em torno do sol numa velocidade de cerca de 107000 quilômetros por hora, que as bolas de boliche caem mais rápido do que bolas de gude, que os continentes não se movem, que objetos mais pesados ​​do que o ar não podem voar, como as aeronaves, muitos ainda acreditam que o homem não foi a lua, entre outros. No entanto, a ciência tem sido utilizada para demonstrar que todas estas ideias de senso comum estão erradas. No caso da viagem do homem à lua, cujo feito foi realizado pela missão Apollo 11 em 20 de julho de 1969, embora o fato tenha sido filmado e exibido na televisão, ainda assim, muitos não acreditam e dizem equivocadamente que isso foi uma grande farsa.

A inferência como método científico!
Cabe aqui informar que não existe apenas um só método científico aceito e que, além do método indutivo, existe o dedutivo, o hipotético-dedutivo e o dialético. A indução é uma inferência contingente e só pode levar a uma conclusão que tem apenas certo grau de probabilidade de estar correta.

Galileu foi o precursor da indução experimental; ou seja, do método indutivo. Esse método prevê que pela indução experimental, o pesquisador pode chegar a uma lei geral por meio da observação de certos casos particulares sobre o objeto ou fato observado.

A indução é um processo mental por meio do qual, partindo-se de fatos particulares, suficientemente aceitos e constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nos fatos examinados. Portanto, o objetivo da inferência indutiva é levar a conclusões, cujo conteúdo é muito mais amplo do que as premissas nas quais foram baseadas. Na verdade, as descobertas mais importantes da ciência são feitas pelo método da inferência, via observação indireta.

A dedução permanece em plano inteligível, em conformidade com os preceitos da lógica. A indução utiliza a experiência e não tem a simplicidade lógica da operação dedutiva. A indução também faz uso da analogia: de alguns fatos passa-se a outros similares ou, de fatos característicos e representativos generaliza-se para o conjunto total de fatos da mesma espécie. Assim, a indução implica em generalização, partindo de fatos particulares conhecidos e chegando a conclusões gerais, até então, não conhecidas.

Um teste de hipótese é um método de inferência estatística usando dados de um estudo científico. É um procedimento estatístico baseado na análise de uma amostra, através da teoria de probabilidades, usado para avaliar determinados parâmetros que são desconhecidos numa população.

Por exemplo, podemos citar as conclusões das pesquisas eleitorais, que usa o teste de hipóteses apurados nestas pesquisas, quando retiramos dados de uma amostra de uma população, para chegarmos a uma previsão de possíveis resultados, mas que pode não se concretizar na realidade.  

NOSSA OPINIÃO!
Na modesta opinião deste Blog, vemos que nem tudo que conhecemos e acreditamos são verdades absolutas, embora sejam fatos testados e aceitos cientificamente, pois na verdade as coisas mudam, novas tecnologias surgem, novos descobrimentos são obtidos a todo tempo. O mundo evolui, assim como a ciência também e muito do que acreditamos hoje pode ser contestado e até excluído no futuro. Sabemos que na Matemática, ela se utiliza da Lógica para chegar a conclusões que são irrefutáveis e inquestionáveis, mas existe muitos que discordam e que contestam isso. Como, por exemplo deixamos as seguintes perguntas: Será que existe de fato o infinito? Qual o tamanho do universo? São questões como estas, entre outras, que estão sendo debatidas em muitas pesquisas e cujos resultados são imprevisíveis, e suas conclusões podem até serem alteradas.

Se quiser saber mais sobre o infinito e teorias que retratam este assunto, sugerimos acessar nosso artigo chamado: Duas retas paralelas se encontram no infinito?
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