As Redes Sociais e a Educação!

Quais são as influências das redes sociais na Educação Brasileira?
Aqui no Brasil e pelo mundo inteiro, o crescimento das redes sociais e da Internet é muito assustador. Quase toda sociedade, assim como empresas, instituições de ensino, pessoas comuns, professores, alunos, entre outros, hoje estão interligados pelas redes sociais, tais como: facebook, instagram, linkedin, twitter, etc. Fica muito claro que o uso destes recursos tecnológicos facilitam a comunicação entre todos, possibilitando alavancar os negócios no mundo corporativo, educional e agilizar as relações humanas, mas muitas vezes, ela pode também trazer alguns problemas, como exposição desnecessárias, gerando fofocas, calúnias, mentiras e outros problemas que não tínhamos anteriormente. Muitos usuários se escondem por trás do anonimato e da máquina, usando falsos perfis nas redes, para espalhar pânico, promovendo a homofobia e discriminações raciais ou difamando terceiros, mas isso já está mudando em nosso pais, pois existem meios de investigação eficientes que já vem sendo implementados para punir estas pessoas inescrupulosas. Saber usar de forma positiva estas ligações sociais proporcionadas pela web pode fazer muita diferença e isso já vem mobilizando muitas empresas e até muitas outras pessoas e profissionais de quase todos os setores, os quais vêm tirando proveito desta nova ordem social. 

Quando focamos no ensino, aprendizado e educação, isso não deveria ser diferente, pois certamente o relacionamento dos envolvidos neste processo pode ser mais estreito. A maior contribuição da Internet de uma modo geral, está relacionado com às novas possibilidades de aprendizagem, pois o fácil acesso as informações e a comunicação através das redes sociais, inclusive com a propagação de muitos cursos a distância abrem espaço para um aprendizado eficaz em rede.  Positivamente, vemos ainda que o uso das redes sociais, assim como da rede de computadores pode facilitar a pesquisa de conteúdos, abrindo um leque muito grande de possibilidades, como ler artigos educativos, assistir vídeo-aulas, facilitação da comunicação entre os jovens e assim, se bem usada, estas redes servem de apoio para tirar muitas dúvidas de conteúdos, colhendo opiniões de várias pessoas, e pode elucidar e ajudar muito o aprendizado.

Mas nem tudo é visto de forma positiva, existe o lado negativo, desde uma profunda exposição da vida pessoal e financeira, quando pessoas desonestas usam estas informações para benefício próprio. Outro ponto negativo é que a linguagem utilizada na rede se difere completamente do que é ensinado nas escolas; propiciando o surgimento de uma nova forma dos jovens escreverem e se comunicarem, usando de “dialetos digitais”, abreviações de palavras e substituições de letras para simplificar e tornar mais rápida a conversa. Esses dialetos ou abreviações estão sendo inseridos na vida cotidiana destes jovens, tornando-se um perigoso vício que pode até comprometer o aprendizado da norma culta. 

Talvez o maior problema disso tudo, quando focamos as relações com a educação, seja a proliferação indiscriminada do bullying escolar, entre os alunos. Veja como este tipo de comportamento hostil ganhou mais destaque com o uso das redes sociais, inclusive após o surgimento de muitos sites em que pode-se facilmente postar vídeos de forma gratuita e divulgar imagens que nem sempre agradam a todos os envolvidos. 

Quando não tínhamos as redes sociais e a Internet existia o bullying?
Atualmente o bullying é um termo usado para  rotular atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos contra alunos nas escolas. No entanto sabemos que este tipo de comportamento sempre existiu nas instituições de ensino. Ha algum tempo atrás, as vítimas eram chamadas de CDFs, nerds ou puxa-sacos. Estes alunos que eram vítimas do sistema, na verdade eram jovens que se sentavam nas primeiras fileiras das carteiras na sala de aula, e que prestavam atenção nas explicações na matéria lecionada, respeitando os professores e sempre inquiriam e respondiam as perguntas, faziam sempre o dever de casa e, consequentemente, tiravam boas notas. Normalmente eles eram ridicularizados pelos alunos que formavam a famosa “galera do fundão”, formada por jovens indisciplinados e mais rebeldes e que usavam da agressividade para intimidar seus pares.

Os atos de bullying já naquela época eram bem conhecidos. Desde hostilizações como colocação de apelidos para gozação e exposição ao ridículo, até atos mais grotescos, como expor o aluno vítima ao “corredor polonês”, onde vários estudantes se enfileiravam para escorraçar o alvo com alguns petelecos, tapas e breves pontapés, a chamada “geral”, até o atos de intimidação como “te pego lá fora”. A opressão era feita por atos de agressividade física e psicológica, pois o constrangido tinha em sua defesa o fato de ser, normalmente, melhor aluno que seus agressores e isso com certeza angustiava seus opositores.

Outros alunos sofriam agressões pelo aspecto físico, por exemplo, o que tinha o nariz grande era chamado de "tucano", aquele que era gordo era chamado de "baleia", tinha ainda o feio e o varapau. Mas naqueles tempos, a questão é que estas ações eram contidas sem interferência do professor e os dirigentes pouco faziam para coibir estes atos. Muitas escolas mantinham o controle da disciplina através dos funcionários chamados “bedéis” para colocar ordem na casa e coibir os atos de violência, sem falar que ir “parar na diretoria” era temido pela maioria dos alunos, inclusive por agredidos e agressores.

Sabemos da repressão da família e, se estes atos de agressividade chegassem aos ouvidos da família em casa, certamente a vítima ainda iria ter que se explicar com seus pais. Alguns poderiam dizer: “Não reaja, pois não é de sua natureza”, no melhor estilo “ofereça a outra face”. Muitos pais argumentariam: “Se for hostilizado e apanhar de novo lá fora e não reagir, vai levar outra surra quando chegar em casa”.

Essas histórias ocorreram ha cerca de 30 ou mais anos, tempos em que a educação era partilhada pela igreja, pela família e complementada pela escola. Atualmente tudo mudou e a igreja católica se viu alvejada, em nosso pais, pelo avanço dos evangélicos e de outras religiões, de modo que passou a se preocupar mais com seus dogmas do que com seus fieis seguidores. A família abandonou o modelo patriarcal, migrando para o modelo chamado nuclear, sendo que muitas delas são chefiadas apenas pela mulher ou um dos conjuges. Agora a mulher e o marido, mesmo estando juntos, eles quase sempre trabalham fora, restando pouco tempo para dedicação na educação dos filhos. Naquele tempo a mulher era a pessoa que acompanhava a vida estudantil dos filhos. Agora ela  está acumulando a chamada dupla-jornada, ou seja, tem que cuidar de seu emprego profissional e dos afazeres domésticos, sobrando menos tempo para dar atenção aos filhos. Esta nova rotina profissional levou à desagregação familiar. Assim, a educação foi entregue à tutela quase que exclusivamente da escola que, por sua vez, também se tornou um grande negócio quando privada e se for pública gerida por pessoas despreparadas para uma função educativa inadequada.

Neste quadro atual, que aflora os conflitos de valores, a influência da mídia tem promovido novos paradigmas sociais. Agora temos alunos que não respeitam professores, nem mesmo aos colegas e até os pais, pois têm grande dificuldade de lidar com o conceito de hierarquia. Em faculdades e escolas elitizadas, temos o apelo ao consumo, transformando muitas vezes os pátios em passarelas, por onde desfilam roupas, acessórios e celulares cada vez mais modernos. Em nosso país infelizmente copiamos os maus exemplos dos outros países, e vemos proliferar as lojas de grife, os fast-food, as lojas de telefonia, que foram importados dos USA e de outros países rotulados de primeiro mundo. E, assim os péssimos hábitos alimentares promoveram o crescimento da obesidade, contrastando com a ditadura da beleza. E, ainda temos o crescimento acentuado da tecnologia com aparelhos celulares de última geração, onde a comunicação através dos aplicativos como whatsApp, pelas redes sociais e pela Internet se intensificou e que levam muitas vítimas à exposição instantânea e em larga escala.

CONCLUSÃO!





Neste artigo, podemos observar que embora o bullying escolar sempre tenha existido no seio escolar, agora com o advento das redes sociais e do avanço da Internet, ele atinge em pouco tempo uma grande quantidade de pessoas, pois as pessoas, assim como os alunos estão interligadas por grupos, por exemplo no aplicativo WhatsApp, etc. Se por um lado isso facilita a comunicação, por outro lado, ele propaga rapidamente as chacotas, fotos, fofocas, discórdias, brigas, etc.
A solução para amenizar o bullying escolar não passa pela imposição de mais regras de conduta, coerção ou qualquer outro tipo de punição. Acreditamos que deve obrigatoriamente passar pelo resgate dos valores éticos e a conscientização sobre o que é certo e o que é errado, tarefa esta que deve ser complementada por uma outra postura mais coerente da igreja, da família, da escola e também com o apoio de toda sociedade.
Por outro lado, como apuramos no texto, se bem usada a internet e as redes sociais podem ajudar muito nosso pais a encontrar novos caminhos educativos, promovendo cursos a distância, desde que instituídos e geridos com boa qualidade e que podem amenizar a carência escolar em muitos setores distintos da economia brasileira.

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