A relação da Matemática com seu dinheiro!

Será que a Matemática pode nos ajudar a administrar e gerir nossos recursos financeiros?
Existe uma relação muito importante e significativa entre a matemática financeira e a gestão eficiente do nosso dinheiro. Quando pensamos em guardar ou poupar dinheiro e até mesmo saber gastar de maneira correta e competente nossos recursos financeiros, na verdade estamos realizando operações matemáticas básicas e financeiras com objetivos bem definidos, tais como fazer sobrar valores ou colocar nossas sobras financeiras de modo que ela cresça ao longo de determinado período pré definido. Desde muito cedo os pais, educadores devem introduzir noções e princípios adequados aos pequenos, para a responsabilidade em administrar o dinheiro. Assim, a mesada que eles recebem, seja diária, semanal ou mensal já introduz de forma simplificada algumas noções simples de quão importante é saber guardar, multiplicar e dividir de modo satisfatório uma pequena quantia recebida. Quando uma criança recebe uma moeda e a coloca em um cofrinho ou aquele famoso porquinho da poupança, para que as junte posteriormente e troque por uma nota de valor maior ou compre algum produto, certamente ela estará realizando operações matemáticas e assim aprendendo muitos princípios matemáticos, mesmo que intuitivamente. Aquela mãe ou familiar que simplesmente compre tudo que os pequenos querem, sem nenhum esforço da criança, pode estar passando equivocadamente ensinamentos inadequados de administração financeira. Mas deixamos claro que a responsabilidade de gerir todos recursos financeiras de uma criança ou adolescente sempre é dos responsáveis legais pelo menor. Assim, não podemos deixar que esses pequenos administrem seus bens e dinheiro de forma completa, mas que passem as noções elementares com pequenas quantias de dinheiro que esses recebem periodicamente em forma de mesada ou outra forma de repasse similar.

Como administrar o dinheiro e conquistar nossos objetivos almejados?
Quem não gosta de ganhar dinheiro de forma que seja suficiente para suprir nossas necessidades pessoais e ainda poder poupar e até conquistar a tão sonhada independência financeira. Não é preciso saber teoremas complicados e nem fórmulas mirabolantes para administrar eficientemente nossos recursos financeiros, apenas as operações básicas, porcentagem e noções de matemática financeira. Todos esses conceitos já foram tratados exaustivamente em nosso blog. Sugerimos  que o leitor faça uma busca e vai encontrar subsídios para o entendimento desses conceitos. 

Já ouvimos aquele velho ditado que no diz que "de milho em milho é que a galinha enche o papo". Pois é assim mesmo, por exemplo, vamos guardando um pouco a cada mês e ao final de um determinado ciclo ou período de tempo pré programado, juntamos um montante suficiente para comprar algum bem de consumo, claro que seja de um valor considerado de custo médio ou elevado. Sonhar com bens de custo muito elevados, como a compra de uma mansão ou até de uma aeronave, por exemplo, se nossa renda não for compatível pode frustar nossos sonhos.  Por isso faça uma análise realista do que se pretende comprar, que seja adequado aos seus rendimentos. Por exemplo, se o leitor pode guardar R$ 200,00 todo mês, e quer comprar um produto com valor de R$ 2.000,00, então terá que poupar essa quantia, mais ou menos por 10 meses, tendo em vista que esse produto pode ter seu custo aumentado ou até reduzido, pois existe oscilação do mercado, considerando a lei da oferta e procura e outros fatores adversos que podem onerar e até mesmo aliviar seu custo de produção. 

Para guardar dinheiro todo mês é preciso ter muita disciplina e claro ter rendimentos mensais condizentes para ser administrado eficientemente. Se o custo de um produto que pretendemos comprar for baixo, em pouco tempo podemos conquistar esse sonho, mas em se tratando de bens de valores mais elevados, o prazo para realização pode ser maior. Fazer cálculos, equilibrando contas, analisando despesas e receitas são atividades inerentes da matemática que podem nos ajudar a administrar e poder encurtar o tempo de espera, para conquistarmos o que queremos. Atitudes como cortar gastos supérfluos, deixar o carro na garagem, etc. podem contribuir para esse propósito. Isso mesmo, para podermos realizar um projeto específico e até mesmo executar um sonho de consumo é necessário, como já frisamos, ter muita disciplina e planejamento adequado, de acordo com o tamanho dos nossos objetivos. O segredo é aumentar nossos rendimentos e diminuir as despesas que já temos. Algumas vezes, gastamos com coisas que não necessitamos como ir todo dia jantar fora com a família, ou que não estamos administrando eficazmente como por exemplo, ficar no banho com o chuveiro ligado durante um tempo desnecessário. São atitudes simples que vão ajudar a reduzir nossas despesas mensais e encurtar o prazo para conquistarmos nossos objetivos.

Para nos ajudar, precisamos fazer um planejamento realístico, com todas as receitas e todos gastos e despesas num período que seja adequado, ou seja semanal, quinzenal, mensal, etc. Não precisamos ser exímio especialista financeiro ou conhecer e saber profundamente o mercado financeiro para encontrar uma solução adequada ao perfil de cada família ou de uma pessoa específica. Primeiramente devemos conscientizar todos da família para que nos ajudem a administrar eficientemente os gastos e quem sabe aumentar nossas receitas nesse período específico. Deixamos bem claro, que quanto maior nossos conhecimentos em relação ao comportamento do mercado financeiro, maiores retornos poderemos alcançar. Tendo algum conhecimento e aplicando corretamente as operações simples da matemática e dos números que são representados pelo valor do dinheiro, vamos conseguir êxito, poupando aos poucos e organizando nossas finanças de acordo com nosso pré planejamento.  O primeiro passo é conhecer nossa renda mensal, as despesas e fazermos um balanço do que sobra para realizar um planejamento adequado. Podemos usar estratégias adequadas para fazer sobrar dinheiro, aumentando nossas receitas com trabalhos extras ou atividades lucrativas de que temos habilidades, ou cortando gastos desnecessários como deixar de lado o cafezinho diariamente ou nossas idas ao shopping para consumo de bens desnecessários. Sem esforço e dedicação fica difícil conquistarmos e realizar compras de valores maiores, como realizar o sonho da casa própria, a compra da motocicleta ou do carro, entre outros bens com custos mais elevados. Vamos dar um exemplo na prática, supondo que uma família tenha uma renda mensal com salários e demais receitas no total de R$ 5.000,00, mas que gasta mensalmente o valor de R$ 500,00 de aluguel, mais R$ 100,00 na conta de água, R$ 180,00 na conta de energia, mas outros impostos mensais de R$ 100,00. E ainda mais que essa família tem gastos com supermercados e o consumo mensal de R$ 2.500,00 e também que gasta com lazer mensalmente R$ 500,00, pelas idas a shopping realizando compras de roupas, inclusive cinema, e gastos com transporte e combustíveis, etc. Então, somando todas as despesas e custos, temos o total de R$ 3.880,00. Logo, usando a matemática, sabemos que sobra mensalmente o valor de R$ 1.120,00. Então se a família conseguir guardar esse valor mensalmente, ao final de um ano terá acumulado: 1.120,00 x 12 = 13.440,00. É claro que, se optarmos em aplicar mensalmente essa sobra mensalmente na poupança, supondo uma taxa mensal de 0,5%, vamos ter aproximadamente o montante de R$ 13.820,80. Para esse cálculo basta aplicar a fórmula S = T [(1+i)^n - 1]/i, onde S é o montante a ser poupado no período,  T é o valor mensal a ser poupado, i a taxa mensal em porcentagem e n o período total considerado. Logo, teremos: S =  1120 [1+0,5/100)^12 - 1]/0,5/100. Realizando todos cálculos, fica: 1.120[(1+0,5/100)^12 - 1]/0,5/100 e ao final do período chegamos no valor R$ 13.820,80. Se quiser saber mais sobre juros compostos procure nossos artigos onde detalhamos especificamente sobre esse assunto.

Acho que a maioria das pessoas sonham em realizar projetos ousados como a compra da casa própria, do carro, e que muitas vezes fazem planos realísticos ou quiméricos, usando os números e até muitos conceitos matemáticos e econômicos para realizar essa tão almejada façanha. Sabemos que o dinheiro não é tudo na vida, mas sem ele não é possível viver harmonicamente de uma forma satisfatória. É por isso que muitas pessoas e especialistas no assunto, estudam formas eficientes e seguras para poupar e, havendo sobras, aplicar esses excedentes no mercado financeiro, para obter o máximo de rentabilidade, considerando como já frisamos o tamanho do sonho que pretendemos realizar. Certamente que, quanto maior o prazo que pretendemos deixá-lo aplicado, hipoteticamente, maior rentabilização pode-se angariar. Muitos especialistas afirmam que aplicar uma quantia sem ter um planejamento a curto, médio ou longo prazo, pode não ser uma forma inteligível de poupar, mas isso sempre é questionável do ponto de vista econômico, pois quem poupa evidentemente, tem sobras de recursos, que pode em algum momento da vida ser de grande valia para os envolvidos, considerando que, nossa saúde financeira pode ser afetada pelos transtornos, reformas e voltas que o mercado sempre enfrenta. O cenário econômico pode mudar, a política do governo também e quem tem recursos excedentes hoje, talvez amanhã pode não ter e evidentemente essas sobras serão benéficas num possível cenário dessa natureza. No final do ano, recebemos o 13º salário, vêm as férias e muitos pretendem viajar, compram objetos desejados e muitas vezes esquecem de guardar uma parte desses valores recebidos pensando em formar uma poupança para suprir dificuldades inesperadas. No final do ano quase todos têm recursos excedentes, esquecendo-se que logo no começo do ano seguinte, surgem muitas despesas e algumas contas inesperadas, como o imposto ipva do carro, iptu da casa, entre outras que podem desequilibrar e complicar nossa vida financeira. Claro que existe pessoas que reservam recursos para suprir essas despesas e até reservam uma parte para aplicar no mercado financeiro com objetivos pré definidos. 

Mas você sabe como devemos planejar e equilibrar os gastos mensais ou periódicos para não ficarmos endividados em algum momento do ano? 

Na escola tradicional não existe uma fórmula prática efetiva ou receita do bolo para oferecer ferramentas práticas mais diretas para conseguirmos êxito nesse quesito. E quem sabe oferecer subsídios que realmente faça a diferença para os alunos e seus familiares. Saber administrar o dinheiro, buscando o equilíbrio entre os custos, os gastos e as receitas da família ajudam e muito a alcançar sucesso nas finanças de uma família. Todos sabemos que não podemos gastar mais do que efetivamente recebemos, sob pena de contrairmos dívidas e comprometer ainda mais nossos custos diretos, pois certamente vamos pagar juros por esse desequilíbrio financeiro. Uma ferramenta muito útil e prática é fazer uma planilha com todos os gastos, despesas e custos realizados num determinado período, assim como as receitas como salários, ganhos financeiros, ganhos pró-labore, etc. e que normalmente envolve um mês em curso. Contudo saber organizar as finanças de modo que todas despesas e custos sejam menores em relação aos créditos do período envolvido, com certeza vai ajudar e muito o leitor a sobrar um valor determinado para ser utilizado em projetos futuros, envolvendo por exemplo a compra de uma moto, de um carro, do apartamento ou a entrada na compra da casa residencial, entre outros sonhos que efetivamente faz parte de nossas vidas. Toda pessoa sensata deve saber que, no início do ano terá que dispor de recursos necessários para suprir eventuais despesas. Por exemplo citamos as empresas, em que seus administradores sabem que deverão pagar férias, 13º salário, etc. e vão mensalmente ou periodicamente poupando valores para suprir esses gastos anuais. Então, todo planejamento familiar deve levar em conta esses gastos e ir poupando, no decorrer dos meses do ano recursos para suprir essas necessidades de caixa principalmente no início do ano e até pagar seus funcionários domésticos, ao final do ano de acordo com seus direitos trabalhistas.

Quando analisamos o currículo do Ensino Médio, podemos desenvolver um trabalho de conscientização, análise e reeducação financeira com o objetivo de trazer conceitos básicos de finanças e de administração, para que possam ser utilizados no cotidiano e cuidarmos da saúde financeira familiar. Claro que muitos desses conceitos podem e devem ser considerados numa empresa ou até no campo em propriedades rurais. Por exemplo de você investe dinheiro e tempo para produzir um determinado bem de consumo, certamente terá que ter um retorno mínimo para cobrir os custos de produção desse produto ou serviço.  

O objetivo do ensino da Matemática é oferecer as ferramentas necessárias para estabelecer relações entre a teoria e a prática e para dar sentido ao conteúdo científico. Todos os temas que a disciplina possa disponibilizar como recursos imediatos são estratégicos para despertar o interesse dos alunos e o desejo do aprofundamento contínuo nesta ciência exata. Diagnosticar a organização orçamentária da família, apresentar uma estratégia de controle de gastos e delimitar as vantagens e desvantagens que a mesma terá em utilizar o planejamento orçamentário a partir de então é um grande desafio e pode ser considerado como um suporte para as famílias que não têm controle nenhum sobre suas finanças e também àquelas que pretendem obter mais retorno quando envolvemos as finanças familiares.

Na vida real observamos muitas vezes que pessoas com renda mensal mais baixas muitas vezes conseguem poupar dinheiro em comparação com outros com maiores recursos financeiros. E ficamos indignados com a situação por eles vivenciadas. Como pode acontecer esse paradigma? A resposta é o planejamento e a administração dos recursos financeiros. Assim por exemplo uma pessoa com renda mensal de R$ 1.000,00 e que tenha gastos e custos totais mensais de R$ 900,00 pode poupar R$ 100,00 e ao final de um ano ter acumulado 100,00 x 12 = R$ 1.200,00, mais receitas financeiras, caso tenha aplicado essas sobras de dinheiro em alguma instituição financeira. Enquanto que outra pessoa menos atenta, que tenha uma renda de R$ 2.000,00, mas que não tenha um planejamento financeiro adequado, pode por exemplo acumular dívidas, gastos e custos totais mensais de R$ 2.100,00 e dessa forma ter R$ 100,00 de dívidas mensalmente e ao final de um ano ter acumulado os mesmos R$ 1.200,00 mais os custos desses débitos e comprometer as suas receitas com custos desses empréstimos ao longo de vários períodos. 

Organizando nossa vida financeira numa planilha de gastos e receitas
Uma planilha financeira confeccionada no computador é a substituta do velho caderninho de despesas, que ainda é muito usado por diversas pessoas (e não há problema algum nisso). Mas, não se preocupe, não existe uma única maneira de fazer uma planilha de gastos. O mais importante de tudo é que esse controle esteja sempre presente na sua vida financeira. É melhor ter tudo bem feito no papel, por exemplo, do que simplesmente não conhecer o fluxo do seu dinheiro.
As planilhas mais sofisticadas permitem atribuir categorias aos gastos, de forma que você tenha somatórias parciais por tipo de despesa. Assim, você pode gerar um gráfico e enxergar onde você gasta mais: moradia, carro, comida e assim por diante.

Na internet vamos encontrar vários modelos de planilhas financeiras que vale a pena o leitor baixar e dessa forma controlar sua vida financeira.

Conclusão!
Espero que o artigo seja de grande valia para despertar os nossos leitores para que controlem suas despesas e as receitas e que possam sonhar e realizar projetos mais ousados ao final de um determinado período específico. Claro que para realizar seus projetos e sonhos de consumo, como a compra do apartamento, do carro, ou realizar a festa do casamento, entre outros devemos ter disciplina e uma fonte de rendimentos compatível com o tamanho desses planos almejados.

Logo que começamos a trabalhar devemos pensar e fazer um planejamento adequado para a realização de objetivos pré definidos. Sair por aí gastando e contraindo dívidas, sem controle pode levar ao desequilíbrio das nossas finanças e até sermos negativados pelos órgãos de controle aos créditos. E isso vai dificultar e prejudicar todos nossos planos futuros.

Sonhos de fazer uma bela viagem, a compra de um carro, de uma casa ou apartamento são na verdade produtos e bens que para serem conquistados demandam um planejamento a médio e de longo prazo, assim quanto antes a pessoa, ou um casal começar a por em prática, pode determinar sucesso na realização desse sonho.

Espero que tenham gostado do artigo e que divulguem ao máximo para que outras pessoas possam ser sensibilizadas e de alguma forma possam realizar seus projetos e sonhos porque todos nós sempre devemos sonhar.

Finalizamos citando o pensamento e a frase do escritor Augusto Cury que diz: "Sem sonhos, as pedras do caminho tornam-se montanhas, os pequenos problemas são insuperáveis, as perdas são insuportáveis, as decepções ..."


A Matemática Aqui é Simples e Descomplicada!

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